Doenças exantemáticas: Sarampo

Dr. Frederico Marques
16 de dez. de 2020
2 min de leitura

Antes fossem só pintinhas… o sarampo é muito mais assustador do que se pode imaginar! Então continuando a série sobre as doenças exantemáticas, causa comum de visitas ao pronto-socorro pediátrico, vamos falar do sarampo.

É uma infecção respiratória muito contagiosa. Causa erupção cutânea em todo o corpo e sintomas semelhantes aos da gripe. O sarampo é raro graças à ampla imunização. Mas milhões de casos acontecem em todo o mundo todos os anos.

O alerta é que entre 2018 a 2019, foram registrados 10.274 casos de sarampo no Brasil, com 10 mortes confirmadas.

Geralmente é mais comum em crianças pequenas, mas qualquer pessoa pode pegar sarampo se não tiver sido vacinada ou não tiver tomado antes.

A infecção geralmente desaparece em cerca de 7 a 10 dias.

Sintomas podem incluir:

- sintomas semelhantes aos do resfriado, como coriza, espirros e tosse

- olhos vermelhos e doloridos que podem ser sensíveis à luz

- temperatura alta (febre)

- pequenas manchas branco-acinzentadas na parte interna das bochechas

Alguns dias depois, aparecerá uma erupção na pele com manchas marrom-avermelhadas. Isso geralmente começa na cabeça ou na parte superior do pescoço antes de se espalhar para o resto do corpo.

Importante lembrar que as complicações da doença, que incluem otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, podem provocar sequelas como surdez, cegueira, retardo do crescimento e redução da capacidade mental.

E tratamento, tem? Não. Não existe um tratamento específico para o sarampo.

Se não houver complicações, o recomendado é repouso e bastante líquido para evitar a desidratação. Se houver risco de complicações, o médico pode recomendar a permanência no hospital.

E você? Já vacinou seu filho? Sabe se também foi vacinado? Deve receber as duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias. Tomar mais doses do que o recomendado nos esquemas vacinais não representa qualquer risco à saúde.

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